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Ricardo Alban, presidente da CNI


Por Luiz Gonzaga do Amaral Andrade*
 
Baiano e discreto, esse engenheiro mecânico e administrador de empresas, pela Universidade Federal da Bahia, ex-bancário, com experiência de padeiro e fábrica de biscoito, vai revolucionar a CNI, a partir desta terça-feira, quando assume a sua presidência.

A sua administração na Federação das Indústrias da Bahia, em pouco tempo, foi referência nacional, a ponto de ser escolhido como candidato único entre as 27 Federações do País.

O SENAI-CIMATEC nivela-se aos maiores e melhores centros de excelência de ciência e tecnologia aplicada do mundo, onde abriga uma dezena de cursos de graduação e pós-doutorado, a fazer inveja a consagradas universidades tradicionais da América e Europa.

No dizer do consagrado professor doutor de Harvard, ex-ministro duas vezes do Brasil e ex-presidente do IPEA, Mangabeira Unger, “ninguém imagina que perto do Farol de Itapuã, tem um luzeiro que se aproxima do MIT” – Massachusetts Institute of Technology, paraíso dos que se destacam por aliar um ensino de tecnologia de ponta a noções de administração. União ideal para engenheiros, cientistas da computação e outros profissionais da tecnologia que pretendem investir em seu próprio negócio.

A visita do Professor Mangabeira prevista para uma hora tomou-lhe a manhã inteira, e avançou pela tarde, conduzida pelo diretor Luiz Breda, convidado por Thiago Andrade, da Petrobahia, seu ex-estagiário.

Alban, com seu temperamento diplomático, inquieto, sua capacidade didática de argumentação, sua persistência, por ser apartidário, respeitado, vai ser motor inspirador confiável para um Plano de Desenvolvimento Industrial do Brasil, moderno, nos moldes do elaborado por Reis Velloso, Mário Henrique Simonsen e Severo Gomes dentro do II Plano Nacional de Desenvolvimento.

Sua palavra de ordem é ENTREGAR RESULTADOS, sua pregação diária por onde lidera, repetida e enfatizada, quando do lançamento do revolucionário Programa do Sisal, em Conceição do Coité, na Bahia, CIMATEC SERTÃO, para tornar essa planta aclimatada do nosso Semiárido, 100% aproveitada, capaz de tornar esse Nordeste um oásis de riqueza.

Idem no CIMATEC MAR, outra revolução forjando-se nas águas tranquilas da Bahia de Todos os Santos, que vai agitar o Atlântico.

Lembro-lhe, aqui da planície, para Alban no planalto, pensar na recriação do histórico Liceu de Artes e Ofícios, responsável pela formação de milhares de jovens pobres e torná-los oficiais exemplares de carpintaria, movelaria, soldadores, pedreiros, pintores, ajudantes, mestres.

Habilidoso, não há de lhe faltar apoio político, da sociedade civil, da imprensa, do povo.

Aprendi com a professora Maria de Azevedo Brandão, que a industrialização é o caminho histórico da emancipação econômica das nações modernas, e Ricardo Alban tem às mãos essa bandeira. Santa Dulce e Senhor do Bonfim estarão nessa Cruzada.


Foto: *Luiz Gonzaga do Amaral Andrade é Presidente do Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Estado da Bahia SINDICOM-BA.